sábado, 29 de maio de 2010

"só pra ser diferente", disse-me um adolescente no Metrô

Vivi uma situação inusitada, ontem, no Metrô Rio pela manhã. Três adolescentes, que vestiam casacos de times futebol estrangeiros (Itália, França e Inglaterra), chamaram-me a atenção. Justamente neste período que antecede a Copa do Mundo, onde o espírito ufanista do "Salve, Salve Pátria Amada" impera. As inscrições dos países, ainda por cima, escritas em inglês.

Não resisti a curiosidade e perguntei ao que estava mais próximo de mim, o motivo por estarem usando aqueles casacos de times estrangeiros e não do Brasil. "É só pra ser diferente, pra não ficar tudo igual", respondeu-me o rapaz sem muitas mais palavras, claro e direto. Ainda tentei entender um pouco mais daquele raciocínio e perguntei-lhe ainda, se ele achava ruim ser tudo igual. "Eu acho", respondeu-me.

Fez-me pensar sobre o real significado dessa postura, que se assume geralmente nessa época, em períodos de Copa do Mundo. Fez-me pensar, ainda, questões como identidade nacional, sentimento de pertencimento, e, inclusive, sobre o fato de um ponto que possa igualar uma quantidade considerável de compatriotas ser algo ruim. O que nos igualaria de fato? Afinal sermos um "pátria de chuteiras", como definiu Nelson Rodrigues, tem um sentido pernicioso para a identidade cultural brasileira.

São perguntas que estão aí, e se querem assim mesmo: meio colocadas para não terem resposta mesmo. Mas pelo simples de me fazerem pensar, colocam-se, aqui, entre aspas...

sábado, 22 de maio de 2010

IV Jubra - Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira


clique no link, para ler minha matéria publicada no ESTADO RJ, sobre o simpósio internacional que discutira a juventude brasileira:

quarta-feira, 12 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

"..., mas igual ao Rio outra cidade não há."

Palácio Gustavo Capanema

Academia Brasileira de Letras

O MAM e a casa de shows VIVO RIO

Teatro Municipal do Rio de Janeiro


Podem até falar os que quererão me contrariar, contra-argumentando-me; mas igual ao Rio outra cidade não há.

Para além de todos os problemas, que bem sabemos que nela há; é-lhe inegável tamanha pomposidade. Tamanha robustez, apesar das intempéries mil, e continuar assim -linda como um cartão postal. Contudo, são em momentos incomuns, que novos ângulo, cores, formas e, portanto, novas possibilidades nos são apresentadas.

À noite, parece que a artificialidade da luz ajuda o ar teatralizante, ao qual determinadas arquiteturas se permitem. O jogo de luz e sombras, que modela melhor as formas, torna-se mais acentuado nesse momento. As luzes coloridas são únicas, e parece, para além da artificialidade, que só poderiam ser assim mesmo. E assim, a cidade noturna se permite cenográfica: simples composição, pronta para um ato.

Enfim, o Rio de Janeiro continua belo de fato. E aqui, entre aspas, cabe como num impacto.