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domingo, 27 de setembro de 2009

Tegucigalpa de lá é aqui


(ou,
Assim como nós)

Vendo a foto acima, extraída da internet, de uma localidade em Tegucigalpa, Honduras; verifiquei o quão próximos estão de nós (ou nós deles), não apenas na questão da proximidade geográfica, mas também por socialmente estarmos bem equiparados.

A rua acima poderia estar em qualquer bairro periférico, no zona norte ou na baixada fluminense: casas simples, com grades nas portas e janelas, de características arquitetônicas, como muitas outras semelhantes por cá; o adensamento desorganizado da fiação elétrica; a apropriação das encostas, destruindo-se a vegetação morro acima; o próprio adensamento urbano; tudo isso faz paralelos com a nossa realidade, que também igual, deixou-se moldar aqui e acolá e dar o seu "jeitinho".

Se para além disso, pensarmos que por cá também tivemos nossos direitos cerceados e nosso livre trânsito impedido, tendo sido nossa democracia usurpada; sentiremo-nos muito mais irmanados e congregados com nossos vizinhos de continente.

Independente do gesto de seu presidente eleito Manuel Zelaya, almejar a mudança da Constituição de seu país, em busca da possibilidade de uma reeleição; é inadmissível que a força dos canhões se coloque contra civis, e bombas sejam lançadas sobre a população que se coloca, que se manifesta.

Colocando-me lá, como aqui agora estou, não saberia dizer ao certo, como me portaria tendo o meu direito de ir e vir subtraído; como por lá se obrigou, com o toque de recolher. Mas poderia, facilmente, projetar-me assim: num bairro pobre de periferia...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ainda sobre a questão hondurenha...

(imagem extraída da internet)

O jornal O GLOBO de hoje, em seu editorial, coluna do Merval Pereira e na matéria: "Zelaystas não dividem comida", tratam a questão do apoio brasileiro à Zelaya, como um assunto perigoso para o Brasil.

É interessante verificar, que a tentativa de de Fernando Henrique Cardoso, aqui no Brasil em alterar a Constituição, para se reeleger, não tenha sido pautada pela imprensa, como está sendo no caso hondurenho, para relativizar afastamento do presidente eleito Zelaya.

Contudo, noves fora, um dos fatos pungentes é que a livre manifestação política do povo hondurenho está sendo cerceada. Estão usando a violência contra as manifestações de rua. Alguém por aí já viu ou ouviu falar de histórias assim, por aqui, pela América Latina?

É lamentável que comentários e opiniões sejam críticas desfavoráveis às atitudes soberanas da diplomacia brasileira, em relação a crise institucional em Honduras; afinal, basta de toques de recolher e bombas sobre civis.

Ditaduras nunca mais!

Charge sobre o golpe em Honduras e a cobertura brasileira