Não caibo entre aspas,
mas o que cabe em mim
é o infinito, pois sabedor eu sei,
que todas as experiências que
coabitam em mim,
cabem num tubo de ensaio;
pois o humano é como o
inóspito e inoportuno perigo.
Tudo que vivi é pequena sílaba
e pálida estratégia já traçada
para outro indivíduo, que assim como eu;
em pacotes se programou.
Para além de minha matéria
e minha massa; minha encefálica
se conecta com outro indivíduo
e assim, falamo-nos na mesma língua.
Pouco provável que o que eu diga,
seja por potes de pílulas distribuído;
se assim o soubesse, que para algo
valeu ser este aqui, assim, tão partido.
E assim sou eu posposto: pacote
como qualquer outro de mesmo porte;
um invólucro de todas as possibilidades
do mundo - simultaneamente:
parasita e hóspede.
Emerson Menezes, em 24 de outubro de 2009.
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