quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

... mas um poema meu cabe derramado ...

(foto da maquete do norte-americano Matthew Albanese, extraída da internet)

Em tornado



não caibo entre aspas,

assim como não pairo sobre as nuvens.

Pois tudo que em mim é líquido,

dissolve-se no ar, dia-a-dia;

como se eu me esvaísse em dilúvio.

Mas mesmo que não caiba entr'aspas

e não paire sobre nuvens , sigo, tolo-rolo,

tentando ser assim então,

pois quão bom é permitir

meu desejo flertar com a imaginação.

Caibo tanto entr"aspas" tal como

em sertão tenho me entornado.

Nenhum comentário: