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domingo, 20 de setembro de 2009

"A Música Segunda" - obra teatral de Marguerite Duras

"a escrita chega com o vento,
é nua, é a tinta, é o escrito, acontece
como nada acontece na vida,
nada, exceto isso mesmo, a vida
"
(Marguerite Duras)

Assisti hoje, no Teatro Maison de France, a peça teatral "A Música Segunda", texto de Marguerite Duras, com interpretação de Helena Ranaldi e Leonardo Medeiros, direção de José Possi Neto, tendo em cena ainda, os bailarinos Adriana Bonfatti e Charles Fernandes.

A direção de José Possi deu a encenação todas as nuances do encontro do casal Anne-Marie Roche e Michel Nollet, que depois de três anos de separação, jogam, um sobre o outro, as frustrações e situações mal resolvidas da época em que foram casados. O casal que viveu uma paixão fulminante, perigosa, destrutiva e doentia, ao longo de cinco anos de casamento, tentam, como numa partitura musical, obter o andamento adequado a uma comunicação entre um casal, que mesmo depois da separação, não conseguem se esquecer.

Confesso que fui um tanto reticente assistir essa peça, por conta da atriz, da qual nunca fui muito fã mesmo; mas confesso que ela não perturba o andamento da mesma, sendo corrreta em suas posturas e interpretação. Já o ator Leonardo Medeiros tem mais domínio d palco e das nuances do texto de Duras. Os bailarinos atiuam como que fazem uma projeção em espelho, do que o casal, no diálogo tenta esconder e camuflar. O cenário do francês Jean ierre Tortil é grandioso, fazendo, corretamente, a delimitação do foyer do hotel, onde tudo se desenrola.

É teatro e é ARTE, e, portanto, cabe, aqui, entre aspas...

sábado, 15 de agosto de 2009

Vau da Sarapalha: a longevidade cênica em Guimarães Rosa

(imagem extraída da Internet)

Tive a oportunidade de assistir ao espetáculo Vau da Sarapalha, onde o sertanejo árido, conjugado com a metafísica e as invenções poéticas de Guimarães Rosa, estavam encarnados.

O espetáculo vem sendo apresentado pelo Piollin Grupo de Teatro desde 1992, sempre pelos mesmos cinco atores; mantendo-se íntegro aos seus elementos constitutivos que o grupo sempre engendrou, como: precisão corporal e técnica, limpeza da cena, variação rítmica e musicalidade, vigor e presença dos atores, dentre várias outras. Tudo ali, a faiscar inventividade.

Poderia ainda, falar da originalíssima música e sonoplastia que são executadas ao vivo; mas a elaboradíssima performance dos atores, conjugados com a cenografia e iluminação de Luiz Carlos Vasconcelos, realmente, ficam espocando até agora na memória.

Infelizmente, amanhã será a última apresentação do espetáculo paraibano em solo carioca. No Teatro Nelson Rodrigues, às 20h, custando irrisórios R$10,00. Imperdível! O Piollin Grupo de Teatro, com seu Vau da Sarapalha, cabe entre aspas.

Emerson Menezes