
é nua, é a tinta, é o escrito, acontece
como nada acontece na vida,
nada, exceto isso mesmo, a vida"
(Marguerite Duras)
A direção de José Possi deu a encenação todas as nuances do encontro do casal Anne-Marie Roche e Michel Nollet, que depois de três anos de separação, jogam, um sobre o outro, as frustrações e situações mal resolvidas da época em que foram casados. O casal que viveu uma paixão fulminante, perigosa, destrutiva e doentia, ao longo de cinco anos de casamento, tentam, como numa partitura musical, obter o andamento adequado a uma comunicação entre um casal, que mesmo depois da separação, não conseguem se esquecer.
Confesso que fui um tanto reticente assistir essa peça, por conta da atriz, da qual nunca fui muito fã mesmo; mas confesso que ela não perturba o andamento da mesma, sendo corrreta em suas posturas e interpretação. Já o ator Leonardo Medeiros tem mais domínio d palco e das nuances do texto de Duras. Os bailarinos atiuam como que fazem uma projeção em espelho, do que o casal, no diálogo tenta esconder e camuflar. O cenário do francês Jean ierre Tortil é grandioso, fazendo, corretamente, a delimitação do foyer do hotel, onde tudo se desenrola.
É teatro e é ARTE, e, portanto, cabe, aqui, entre aspas...
É teatro e é ARTE, e, portanto, cabe, aqui, entre aspas...
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