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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quando o vice de Arruda cairá?

Paulo Octávio discute termos da renúncia ao governo do DF

O governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), discutiu agora há pouco (tarde de 18 de fevereiro de 2010) os termos de sua renúncia com o jornalista Mário Rosa, especialista em gerenciamento de crises. O encontro ocorreu em um almoço no restaurante do Hotel Meliá, em Brasília.

Na conversa, Rosa por diversos momentos dá dicas de como o governador deve proceder. Chega a dizer que, se a decisão for por uma renúncia, que seja hoje. "A data de validade é hoje", diz.

Paulo Octávio perguntou se deveria distribuir uma carta de renúncia ou fazer um pronunciamento. "Pronunciamento nas rádios e TVs locais é melhor. Uma coletiva, melhor ainda", ouve.

Rosa usa a imagem do fim de um namoro como exemplo: "O senhor não liga para a namorada para terminar o namoro? Não faz só por carta. Você chama a namorada ou liga para ela", diz.

A Folha testemunhou o almoço. Mário estava de camiseta e chinelos de dedo. O governador, bastante sério, recebeu diversos telefonemas durante a conversa. Uma terceira pessoa, uma mulher, participou do encontro.

Nomes como o do ex-ministro José Dirceu, do PT, e do presidente Lula foram citados na conversa.

Rosa dá a entender que aconselha Paulo Octávio a renunciar. "O senhor tinha chance nos primeiros dias (da crise). Mas quem sabia que ia ter esse desdobramento?".

Em outro instante, Paulo Octávio diz que não conta sequer com o apoio de seu partido. "Como eu posso pedir o apoio do PT se nem o DEM me dá?", disse o governador em certo momento.

Ao final, o governador se despede de Rosa, que deixou o local para seguir para o aeroporto, dizendo eles teriam outros momentos melhores. "Muito obrigado, Mario, vai ser um dia histórico."

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2010/02/18/paulo-octavio-discute-termos-da-renuncia-ao-governo-do-df.jhtm

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O STF contraria a Constituição e vota a favor da mordaça

Ótimo artigo do jornalista Zuenir Ventuira, hoje, em O GLOBO - Uma olhada para trás, citando a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mantendo a censura ao "Estado de S. Paulo" por 6 X 3 votos. O jornalista fez um paralelo com a justiça impetrada pelo Executivo há 41 anos atrás, com esta decisão do Judiciário. Diz-nos Zuenir lá para o final de seu texto:

"Por mais que se usem tecnicalidades, filigranas e eufemismos para justificar a medida judicial punitiva, não se consegue esconder que, ao contrário de gestos heroicos do passado contra o arbítrio, o STF encontrou pretexto agora para contrariar a Constituição e votar a favor da mordaça."

Não podemos concordar com esta decisão do STF, que fere diretamente a liberdade de imprensa; pois como está exposto na ementa à insconstitudcionalidade da Lei de Imprensa da ditadura, do ministro do STF, Carlos Ayres Britto: " Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive procedente do Poder Judiciário, sob pena de se resvalar para o espaço inconsatitucional da prestidigirtação jurídica". Usar de mordaças para fortalecer o poderio de poderosos deste país é ultrajante e deve ser rechaçado pela sociedade civil. E não nos cansemos de bradar: - Ditadura nunca mais!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ainda sobre o Senado: é tudo velho de novo

" - o Senado vive como e não fosse vinculado à sociedade.
É como se fosse um Senado suspenso no ar.
E essa desvinculação da sociedade faz faz com que os senadores
acreditem que o Senado tem regras próprias.
Mas, numa sociedade democrática, a opinião pública
não aceita isso, os outros poderes não aceitam,
a imprensa não aceita"
(Rubens Figueiredo - cientista político)


Na verdade, na verdade (se é que o há), mas de qualquer forma, não sejamos hipócritas ou ingênuos; a renúncia ou afastamento do senador José Sarney da presidência da Casa, para além das ditas questões morais, que o Senado deveria se impor, tem o traço direto com as questões das próximas eleições presidenciais. Desarticular Sarney é sim, atrapalhar as manobras políticas que o Palácio do Planalto vem engendrando para levar a ministra Dilma Rousseff à presidência da República.

Convenhamos também, ilustríssima família Sarney: CENSURA prévia nos dias de hoje não queremos mais.

Ainda sobre a crise é de se verificar, e tristemente, que o deputado cassado José Dirceu vem participando ativamente das negociações no PT em favor de Sarney. Ou seja, não há pagãos nessa história - é tudo velho de novo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

E agora José? A festa acabou ...


Senador Pedro Simon, atacando, mais uma vez, a permanência do senador José Sarney a frente da casa - apesar de apenas tê-lo feito quando o mesmo tinha saído ...
(imagem extraída da Internet)

O homem não larga o osso. Atrelado aos seus colegas escudeiros, parece ganhar fôlego, quando parecia deixar o estábulo. Hoje, o tapete azul da Casa dos senadores parecia vermelho, tamanha a força dos dedos em riste, tapas nas bancadas - só faltou tapas na cara - uma vergonha só...

Senador Wellington Salgado, senador Fernando Collor, senador Renan Calheiros e vários outros se intercalando nas ridículas posturas de companheirismo ao colega, atacado pelo senador Pedro Simon. Parecia de tudo: mercado de pulgas, feira a céu aberto, o Saara no Centro do Rio de Janeiro, o Mercadão de Madureira, a feira de animais em Honório Gurgel, Mercado Ver-o-Peso em Belém do Pará ... tudo, menos uma Casa que deveria primar pelos bons costumes, pela primazia à Constituição, e sobretudo, a ÉTICA para cada um dos eleitores - que pôs cada um dos ditos senadores lá.

Até quando veremos essas cenas de horror em nosso país?

Que poder é este do ilustre senador José Sarney, que o mantem como um faraó em nosso país?

E agora José? A festa acabou ...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A poeira sob e sobre os tapetes azuis do Senado



O que acontece dentro de uma das casas políticas mais importantes deste país?

As notícias que chegam da casa de tapetes azuis, dia-a-dia, mostram o quão sujo anda aquele tapete. São poeiras que se arrastam historicamente pela Casa, em seus mandos e desmandos; usos e desusos; apadrinhamentos espúrios; medo de perda de poder; vários indícios de corrupção e outros chorumes que fedem e degradam a política brasileira.

Caso saia de cena o atual presidente da Casa (que já disse não estar ali para limpar a sujeira das lixeiras e demais coisas menores); quem entra em seu lugar - pasmem – é o Senador Marconi Perillo (PSDB – GO), o atual vice-presidente. Acontece que o ilustre senador carrega consigo, da época que era governador de Goiás, nada menos que quatro inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitações são as acusações impetradas contra o possível sucessor de Sarney, até que as novas eleições aconteçam.

Pelo que se vê, portanto, é a simples tentativa de se trocar seis por meia dúzia e, principalmente, evitar a desarticulação no Palácio do Planalto em seus objetivos de deixar a herdeira de Lula, com as devidas parcerias com o PMBB – mas está difícil sustentar o insustentável.

É triste, ainda, ver as cenas bizarras do senador Arthur Virgílio, mostrando-se indignado: rosto vermelho, pronto a explodir de tamanha indignação farsesca, querendo se passar por pessoa ilibada e correta – não sei se cenas como essas nos servem para rir ou chorar, pois seria trágico se não fosse cômico.

Eu mesmo, que tive que dividir o imposto de renda deste ano em oito parcelas, para poder pagá-lo; sinto-me roubado quando vejo os esquemas delinqüentes de desvio de dinheiro do contribuinte escoando pelo esgoto, para os bolsos desses senadores, seus padrinhos e familiares. Isso sem falar em outros casos, de outra casa, esta de tapetes verdes, onde se deu a absolvição do deputado do castelo Edmar Moreira. Mas esta história cabe em comentários futuros (e não nestas aspas), pois é muita poeira para pouco tapete e pouca vassoura para muita poeira...

Não sei o que há de ser. Talvez nem o senador José Sarney saiba, assim como, os seus pares no Senado, como o senador Agripino Maia (líder do DEM na Casa), que disse que a escolha terá que se dar, para alguém “muito parecido com Jesus Cristo”, e, se for mulher, com “Nossa Senhora”; mas encontrar-se-á este nome entre os 81 senadores em Brasília? É poeira pura.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sob os bigodes do coronel

(Imagem retirada da capa de O GLOBO de 17, de junho de 2009)

Das imagens e frases da semana passada, a que talvez tenha me causado mais mal-estar, mais entojo é a do senador pelo Amapá e presidente do Senado, José Sarney, onde nega, veementemente, sua culpa frente aos crescentes escândalos da casa, que preside pela terceira vez.

Em frase como: "A crise não é minha, é do Senado", "Eu não sei o que é ato secreto", "Nós não temos nada a ver com isso".

A foto de Gustavo Miranda para O GLOBO de 17, de junho deste ano, registra a pose do impoluto senador, que em ato estupefato, tapeia-nos e estapeia-nos a todos.

Provavelmente, tremem e temem os demais senadores, pois muito mais deve estar encoberto pelo tapete azul do senado e, também, sob os fartos bigodes deste coronel nordestino.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Senado Federal brasileiro - a cuia emborcada












Os sucessivos escândalos no Senado e o dinheiro público.

Desde fevereiro deste ano, estamos sendo bombardeados por uma sucessão de escândalos que beiram a anarquia de seus autores e a conseqüente afronta ao povo brasileiro.

Escândalos:
-O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia foi acusado de omitir de seu patrimônio uma mansão de R$ 5 milhões e de fazer contratos irregulares. Após 14 anos na função perdeu o cargo, mas continua ativo nos bastidores da política. Caiu, mas atribuiu aos senadores parte da culpa;

- O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi é acusado de cobrar propina para favorecer empresas interessadas em contratos com a Casa. Também foi acusado de usar a ex-babá como laranja receber R$ 2,3 milhões do Banco Cruzeiro do Sul, responsável por operações de empréstimos consignados a funcionários do Senado. Foi indiciado pela Polícia Legislativa da Casa por corrupção passiva e formação de quadrilha, por indícios de práticas ilegais na concessão de empréstimos.

- Pagamento de R$ 6, 2 milhões de horas extras a 3.383 servidores em janeiro de 2009, no recesso parlamentar. Apesar de ser sugerida a devolução do dinheiro recebido indevidamente, não se sabe quantos devolveram.

- Diretores burlaram a lei anti nepotismo empregando parentes por meio de empresas terceirizadas; estima-se que dezenas de parentes estão nesta situação. Apenas sete parentes de servidores foram demitidos, e nenhum processo administrativo contra os diretores foi aberto;

- O próprio Senado ficou surpreso com a descoberta de que a casa tinha 181 "diretores". Foi anunciada a demissão de 50 desses "diretores", sem redução de salários, mas poucas ocorreram de fato.

- O senador Tião Viana (PT-AC) emprestou um celular do Senado a sua filha, que viajou de férias para o México. O senador diz que pagou a conta de R$ 14.758,07, mas não foi punido pelo empréstimo;

- O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) usou parte de sua verba de passagens para fretar jatinhos. O diretor-geral, Alexandre Gazzineo, disse que a operação e ilegal;

- Deputados e senadores levaram parentes, namoradas e assessores em viagens pelo Brasil usando a cota de passagens aéreas do Congresso;

- O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu que vinha recebendo R$ 3.800 de auxílio-moradia desde 2008. O benefício não deveria ser concedido a quem, cmo Sarney, em moradia própria em Brasília;

- Atos administrativos secretos foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários. Levantamento mostrou que cerca de 300 decisões (número pode ser maior) não foram publicadas. Na relação, aparecem as nomeações de um neto de Sarney e da ex-presidente da Câmara Municipal de Murici (AL), ligada a Renan Calheiros.


A existência do Senado é contestada

Essas nomeações e reajustes de seus funcionários, não publicados em Diário Oficial, são parte das atuais denúncias desta Casa, considerado um dos mais caros Senados do mundo (R$ 2 bilhões pro ano). Num ano onde se verificou que cada cidadão brasileiro, leva 157 dias por ano para pagamento de impostos, discute-se a possibilidade de acabar com o mesmo, uma vez que já existe a Câmara dos Deputados. Esse sistema bicameral só serviria para gastar dinheiro público e atrasar votações, pois tudo tem que ser votado nas duas Casas; em caso de emendas, vlta tudo de novo, além da burocracia e da semana de três dias.

Segundo palavras do jurista Dalmo de Abreu Dallari, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), para O GLOBO, em 12 de junho de 2009; os atos são ilegais e merecem punição aos responsáveis - não só direção, bem como, aos senadores.
- O Senado foi concebido para proteger as oligarquias regionais. A mesma corrupção que estas oligarquias praticavam nos estados foi incluída no Senado.
Ainda segundo do jurista, "tudo isso apenas confirma a necessidade de discutirmos seriamente se o brasil precisa do Senado".

Portanto, perguntamo-nos: o que mais vazará desta cuia emborcada?


Fontes: Informações extraídas do jornal O GLOBO (11 e 12 de junho). Fotos e imagens retiradas da Internet.